Depois de muito pensar e observar a fábrica, decidiu incentivar um funcionário a trabalhar de camiseta branca. Dessa forma, todas as falhas operacionais seriam refletidas na limpeza do novo uniforme, chamando assim, a atenção do funcionário. Inicialmente, todos se demonstraram incrédulos com a nova proposta, porém, a medida que o tempo foi passando e o funcionário adotando novas posturas profissionais, todos quiseram utilizar a camisa branca e a empresa naturalmente foi mudando sua forma de trabalhar.

Sua filosofia, “o Poder da Camisa Branca”, foi publicada pela editora Futura em 2004, vinte anos depois, e tornou-se um dos modelos de gestão mais utilizados, por mais de 100 empresas em 26 países.

A filosofia do Poder da Camisa Branca consiste em tornar a empresa mais competitiva, através da valorização do capital intelectual, desenvolvendo de forma efetiva a gestão participativa, proporcionando lucros reais à empresa.

Segundo a filosofia, o colaborador que atua com a camisa branca passa a se preocupar com a origem da sujeira deixada na roupa, buscando soluções juntamente com a direção da empresa.
Transformar todos os empregados da empresa em colaboradores comprometidos, participantes e ativos, coloca a empresa em situação privilegiada no mercado, em condições de melhor atender e se adaptar às exigências mercadológicas.

Todos estão atentos aos processos relativos à qualidade do produto, a redução de custos e inovações tecnológicas, participando direta ou indiretamente das decisões que podem alterar o rumo da organização.

Além disso, torna o profissional mais consciente quanto à realização do seu trabalho e mais disciplinado, pessoal e profissionalmente.

A filosofia do Poder da Camisa Branca colocou a empresa de Guerreiro, nos últimos cinco anos, na lista das 100 MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR NO BRASIL, segundo avaliação da revista Exame.

Ivan Durand Junior